Você já foi picado pelo bichinho de Eventos?

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Dizem por aí que uma vez “picado pelo bichinho de Eventos” fica difícil escapar dessa vida. Acho que sou um belo exemplar dessa máxima!
A minha paixão por eventos começou ainda criança. Eu e uma amiga, aos dez anos de idade, organizamos um “caça ao tesouro” em um camping do interior de São Paulo em plenas férias escolares. E não é que conseguimos reunir todas as crianças e marmanjos nessa empreitada? Sucesso absoluto! Dali para frente, antes mesmo da faculdade teve de tudo um pouco: festas temáticas, bailes escolares, campanhas e passeios ecológicos, quermesses e campeonatos esportivos. Já crescidinha tive a oportunidade de coordenar e produzir os mais diversos tipos de eventos como grandes convenções para mais de mil pessoas, fóruns com a presença de chefes de Estado de vários países, exposições de arte, casamentos e muito mais.
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Hoje em dia é muito comum observar algumas mulheres que depois de organizarem seu próprio casamento passam a prestar serviço de assessoria em Eventos. Definitivamente foram “picadas pelo bichinho”. Adoraram aqueles sintomas de ansiedade e poucas horas de sono misturados ao friozinho na barriga de tudo acontecendo ao mesmo tempo. Mas será que vão tratar essa “doença” com os remédios certos prescritos?
É necessário além de gostar de organizar um Evento, especializar-se, conhecer muitos fornecedores, estar sempre em busca de referências e principalmente, errar muito. Sim, errar. Pois somente os erros vão te fazer despertar duas coisas essenciais em Eventos: pensar rápido e jogo de cintura, ou em um linguajar mais elegante “gerenciamento de crise”. E posso afirmar que um Evento, seja um congresso ou um casamento, é uma maratona de gerenciamento de conflitos, pois são tantas pessoas envolvidas – clientes, fornecedores, staff, convidados etc etc – e tantos detalhes, que se pensar muito para resolver aquele probleminha, ele pode se transformar em uma grande bola de neve.
 
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A mãe da noiva está mais nervosa que os noivos? O presidente da República resolveu mudar o protocolo da cerimônia? O buffet não permite que a assessoria interaja com seu staff ? Um convidado extrapolou o limite alcoólico tolerado?  O organizador do Evento precisa despertar seu lado psicólogo, invocar a “Santa Paciência” e saber gerenciar todos esses conflitos.
Além desse “quê” de psicologia, o organizador de Evento também passa a ter novos melhores amigos na vida, são eles: agenda de contatos, planejamento e check-list. Nunca saia de casa sem eles! Eles vão te guiar até o final do evento, vão te dar todas as diretrizes e detalhar todo o seu trabalho. Durante o evento, esses amigos vão se transformar em cronograma de atividades ou “Tempos & Movimentos”: todas as atividades e envolvidos distribuídos e relacionados em seu horário e local devidos. Todos a postos, cronograma em mãos, rádio-comunicador no ouvido, sapato confortável nos pés e um sorriso estampado no rosto e você estará praticamente pronto para coordenar seu Evento.
Se ouvir “na escuta” é música para seus ouvidos, se você não se importa de virar a noite montando um evento, se você parece uma barata tonta correndo para lá e para cá para alinhar detalhes, se você ainda se emociona com a entrada da noiva enquanto arruma seu véu, se você nem se lembra que precisa comer enquanto trabalha, se o seu celular está disponível 24 horas por dia, se uma noite de sono longa e tranquila é artigo raro na semana do seu Evento, se você conseguiu transformar sua parceria de trabalho com fornecedores e equipe em amizade e colaboração de longo prazo, sim, você foi picado pelo bichinho de Eventos.
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Você organizou um Evento e agora quer fazer mais e mais. Você pode até achar que é amor à primeira vista, mas na realidade isso é paixão à primeira picada. Afinal organizar um evento e estar apaixonado é lidar com emoções à flor da pele (sua e dos outros), é fazer mil planos administrados com altas doses de adrenalina e frio na barriga e ainda se deparar com aquele sorrisinho bobo nos lábios com a sensação de dever cumprido no final do dia. Só  mesmo um sentimento como a paixão pode chegar próximo à intensidade que é organizar um Evento. Ainda bem que não tem cura!

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